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Projeto de escritor. To sempre de malas prontas pra lugar nenhum por que até hoje não achei casa alguma dentro de mim. (Pra saber mais, clique ali em Quem eu sou, à direita)

domingo, 30 de setembro de 2012

(Vem)

Vem comigo, pois ainda existe amor. Vem comigo, porque eu sou uma boa causa e um protótipo. Vem, mas venha querendo, sem medo de se arrepender. 
Vamos mergulhar nesse mar de beijos, abraços dados e promessas que não cumpriremos. Mas deixa isso pra lá, deixa pra depois. O mundo é pequeno demais e espera por nós dois.

Cruel (Summer)

Nos sentamos em um banco. Ficamos ali por minutos apesar de parecerem segundos. Era frio e ventava forte. Aquele vento que chegava a assoviar de tão forte. Foi quando finalmente me dei conta: aconteceu, e não teria mais como evitar ou disfarçar. Simplesmente aconteceu e nada mais seria como antes foi. Algo me dizia que as confissões e as paredes desabando eram uma amostra de que não eramos mais estranhos, éramos estranhos apaixonados, se descobrindo. 
Mas existia algo a mais me falando. E então eu tratei de me recolher e ouvir bem de perto. E o que me diziam? Que seria um verão cruel. E o engraçado é que o verão finalmente começou. Esse vento que tratava de uivar era apenas o prelúdio do que está por vir. Não será como antes, será um verão diferente.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Eu quero (+)

Eu quero mais e hoje eu não queria dormir. Não pela falta de sono. Ok, um pouco disso também, mas é aquele momento de felicidade em que você se pergunta se vai ser uma alegria passageira ou algo a mais.
E a gente sempre espera algo a mais ou quer mais. Eu sempre quero e não depende apenas de mim. Confortador e assustador ao mesmo tempo. Porém, vai dar certo. Sempre dá, uma hora ou outra.

domingo, 23 de setembro de 2012

Reticências

"...Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu. Mas se você tivesse ficado, teria sido diferente? 
Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais — por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia — qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê [...] Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina."

Trecho de um livro que não sei o título, mas é interessante. E resume bem algumas coisas. Obrigado, Ingrid.

domingo, 16 de setembro de 2012

A festa que não fui

Esse final de semana eu iria sair. Assim como todos os outros finais de semana que a antecederam. Me arrumei como faziam dias que não me arrumava e fui. Confesso que não estava muito empolgado, mas fui pelo que a noite me reservaria. Não sabia bem o que pensar, porém todo mundo espera algo de um sábado a noite - menos ficar em casa. E assim aconteceu: quando percebi já estava com meus amigos que encontraram outros amigos e fomos na casa de... desconhecidos.
Eu não sabiam quem eram e nem tinha vontade de socializar. Tinha bebida mas não estava afim de beber. Meus amigos estavam lá, eu não estava, não de cabeça, pelo menos. Dentre todos os lugares possíveis, minha mente não se encontrava em qualquer outro que pudessem imaginar. Na verdade, as festas, o glamour e as belas roupas para esconder as essências vazias nunca me atraíram. 
Mesmo assim, eu teimei em sair de casa esperando que fosse divertido como já aconteceu em outras vezes. Dessa vez, falhei. Falhei com a bebida, com uma aparência à deixar e com a noite. E aquela festa devia estar tão boa quanto os drinks coloridos que são oferecidos. Tão duradoura quanto o amor que é visto entre as pessoas que se conhecem ali, ou tão verdadeira quanto fotos cheias de efeitos em seus super celulares. Talvez eu esteja sendo tão verdadeiro quanto um bêbado chato de um sábado a noite, ou uma menina que disfarça a tristeza do olhar com um rímel.
Aquela poderia ter sido a melhor festa que já fui mas eu nunca vou saber se realmente foi. Meu habitat sempre foi aqui, em silêncio e perto de mim mesmo para conseguir ouvir meus pensamentos. Quem sabe um dia isso mude. Quem sabe um dia a música alta e as letras sem sentido façam algum sentido pra mim.
 Algum dia esses textos ou o sentido para escrevê-los vai ser conhecido, assim como para as pessoas que vão nessas festas. Eu aguardo.

Infinito

Nesse final de semana chuvoso, essa foi a minha trilha sonora. É irônico pensar que eu não paro de ouvir uma música chamada Infinito quando na verdade você tatuou esse símbolo e pensávamos que tudo seria para sempre.
Mas como diz a letra da música, tudo pode estar lá. É nisso que eu aposto, é nisso que eu acredito. 


"Mas se eu pensar, que em tudo há algo de perfeito

E assim, voar, pra onde o ar é rarefeito
Eu vou chegar em um lugar só meu
Lá pode ter um novo amor pra eu viver
Quem sabe uma nova dor pra eu sentir
A droga certa pra fazer te esquecer
Vai apagar a tua marca de mim
Tudo pode estar lá
E eu aqui..."


domingo, 9 de setembro de 2012

Summer

Eu odeio Summer. E não é o verão (em inglês), e sim aquela vadia. Digo mesmo, ela é! Summer acabou com a minha vida e ainda acabará com a sua, pois saiba: todos nós em algum momento da vida iremos nos deparar com alguma Summer. Eu já fui Summer por algum tempo mesmo que tenha o DNA de Tom em meu sangue. Invariavelmente passamos por relacionamentos e nos reciclamos. De tempos em tempos repetimos as mesmas coisas, as mesmas pessoas e atitudes, por isso digo: somos Summer e Tom.
No meu primeiro namoro alternamos isso, mesmo que Sophia fosse querida e tudo aquilo. A gente se dava bem, mas como sempre, fui chutado. Ela não era apenas mais uma, ela era a minha primeira Summer. Eu nunca esqueci ela, pois o primeiro corte é o mais profundo e aquele que sangra por mais tempo. Existem ainda cicatrizes. Já pareceram maiores, mas com o tempo diminuem - ainda que nunca saiam da pele. 
Ela foi embora, o tempo passou e eu perambulei pelas estradas da vida. Eu nunca mais voltei, ela também não. Nunca mais senti qualquer coisa por alguém, nem dor. Apenas saudades, apenas vontade de voltar. E por tempos o meu coração foi um cemitério abandonado. E nos funerais, não havia nada, apenas decepção por ninguém voltar, por ninguém me fazer sentir. Mas tudo são fases e algum dia chegou o verão. Sim, Summer, novamente. Ela fez meu coração aquecer e aquilo tudo que parecia abandonado apenas foi esquecido.
Summer nunca foi fácil. Eu tentei chegar perto tantas vezes e nada. Apenas amizade. Diabos! Quantas vezes não ouvi isso? Quantas vezes não repeti isso? Mas bem, eu não desisti. A insistência já foi minha maior qualidade mesmo que com o tempo eu tenha aprendido a deixar as pessoas irem. Ainda não sei se esse é um hábito equivocado ou foi um escolha adotada. Porém, retornando ao texto: um dia Summer se abriu comigo. Todos aqueles detalhes, aquelas curiosidades.. desde itens e histórias, eu não conseguia acreditar: finalmente ela me deixou entrar em sua vida e fazer parte de sua história!
A parte ruim é que nada na vida de Summer era simples, e foi assim que nos complicamos. Aconteceu, brigas após brigas trocamos de papéis. Ela era Tom e eu Summer. Um dia seu coração ficou duro como pedra e eu caí na real. Um dia, todos perdemos. Enquanto eu era Summer com ela, era Tom com outra. E foi assim que a 3ª Summer entrou na minha vida. Provavelmente esse foi o período mais complicado e confuso de minha vida. Isso acabou, ainda que eu não saiba se fui eu que acabei com ele ou que o dito cujo tenha acabado comigo. 
De qualquer forma, desde aquele dia eu escrevo sobre tais e a minha incompetência em não conseguir seguir em frente. As memórias não são mais doces e a lembrança é mais amarga que esses drinks que me oferecem. Então eu vivo por noites que não lembro, em lugares tão cheios de pessoas vazias que procuram esquecer suas dores em outros corpos.
Ainda não sei se criei tudo isso, ainda não sei se fui eu quem destruí com meus relacionamentos. Não sei porque existem tantas Summer's em minha vida ou porque tantas vezes às procurei. De qualquer maneira, a minha cabeça se tornou um ferro-velho de emoções e meu coração um amontoado de decepções. Ainda assim o verão virá, como já chegou uma, duas, três vezes...

Cinema

Fiz algo que há muito tempo não fazia: vi 3 filmes em um intervalo de 2 dias. Essa maratona não era esperada, mas aconteceu e como de costume, todos os filmes eram de terror - os meus favoritos. Mesmo que eu ame o gênero e insista em vê-los preciso assumir que ultimamente só vejo porcaria. 
Como todo gênero, existe pouca inovação e apenas se vêem coisas manjadas ou refilmagens. Desde Atividade Paranormal, todos os filmes agora são em situações parecidas. Mesmo assim, o medo, a apreensão e aquele nervosismo me encanta. Filme bom mesmo é aquele que tu pede para acabar logo, por não aguentar os sustos e o coração saltar à boca a cada susto. Ultimamente vi apenas filmes ruins. Aqueles que tu espera por algo que não acontece. Me pergunto as vezes se não seria uma reprise da minha vida, mas estaria mudando de assunto.
Bom, olhei os filmes e tudo que eu desejei foi que eles não acabassem, justamente o que está errado. A pergunta que fica é: sou eu que não sei escolher ou os filmes repetem minha vida?

domingo, 2 de setembro de 2012

hate & love


Eu já não sei de nada
e eles sabem tudo sobre mim
Não há por onde andar nessa rua sem fim
Tentei tantas vezes te encontrar
e hoje eu apenas não quero te ver 
Teu rosto está na multidão,
eu te vejo a cada esquina 
e tu me segues com exatidão,
querendo meu fim.
Talvez eu devesse correr,
por milhas até não saber onde ir 
Talvez eu deva escutar 
mais uma música até o fim,
pois o relógio não parou mas a minha vida sim 
E não nada adianta contar,
os dias passam tão devagar e monótonos 
Naquele momento eu soube,
nunca encontrarei alguém como você
e o teu fantasma me assombrará
me fazendo escolher ficar sem ninguém 
Tua presença me completa,
tua presença me mata
e eu apenas quero viver. 
Milhas e milhas eu vou percorrer, 
procurando achar alguém que me faça desistir de você
Devolva a minha vida, eu não quero mais você
Pode ficar com tudo, apenas me deixe viver